Gato pode dormir na cama? Descubra quais os cuidados necessários
Será que o gato pode dormir na cama sem nenhum prejuízo para a saúde dele e do humano?
Gatos são animais domésticos que, apesar da fama de desapegados, podem demonstrar muito carinho por seus donos.
Quando o vínculo afetivo se estabelece, eles ganham confiança e passam a dividir a cama em busca de um aconchego.
Entenda o que isso significa e que cuidados devem ser observados para ter noites de sono tranquilas na companhia do seu bichano.
Afinal, gato pode dormir na cama?
Sim, gatos podem dormir nas camas dos humanos, desde que alguns cuidados com a saúde deles estejam em dia.
Os felinos, assim como quase todos os animais domésticos, podem ser vetores de pragas e doenças infecto-contagiosas, algumas transmissíveis pelo contato direto.
Veja na sequência que doenças são essas e de que forma elas podem ser transmitidas.
Sarna
Os ácaros são talvez o mais comum dos vetores de alergias encontrados no ambiente doméstico.
Os gatos, com sua pelagem densa, são um dos possíveis carreadores desses aracnídeos microscópicos.
Eles podem inclusive transmitir sarna, uma doença de pele que causa coceira intensa que fica ainda pior depois de um banho quente.
Para evitar, mantenha o pelo do seu gato sempre bem escovado, cuidando também da sua higiene e, se preciso, medicando-o com orientação do veterinário.
Micose
Já a micose é transmitida por fungos, que podem se alojar na pele e pelos dos gatos, passando para os humanos.
Fique alerta se o seu gato se coça demais.
Nesse caso, quanto maior o contato direto entre a pessoa e o animal, maiores as chances de desenvolver algum tipo de micose, cujo sintoma mais comum é a coceira intensa.
Os mesmos cuidados com a sarna valem também para essa doença.
Dipilidiose
Gatos que se coçam o tempo todo podem estar infestados com pulgas, que são vetores de dipilidiose, uma doença que causa diarreia, atraso no crescimento e perda de peso.
Embora a transmissão dessa doença seja mais difícil, já que ela acontece apenas pela via oral ou fecal, vale ficar atento, até porque ela pode ser assintomática nos felinos.
Dermatofitose
Outra doença fúngica dos gatos (e dos cães) transmissível para humanos é a dermatofitose.
Causada pelo fungo Microsporum canis, ela pode ser facilmente reconhecida nos gatos, por provocar “falhas” na pelagem, já que se alimentam de pelos e de pele.
As lesões apresentam ainda um traço inconfundível, o seu formato circular e avermelhado, com ressecamento ou descamação.
Giardíase
Assim como a dipilidiose, a giardíase é transmitida pelas fezes ou pelo contato oral, portanto, dificilmente alguém será infectado por dormir ao lado do gato.
Mesmo assim, é bom prestar atenção, já que a doença, causada por um protozoário, pode ser assintomática em gatos.
Quando os sintomas se manifestam, caracterizam-se por perda de peso, desidratação, vômitos e diarreia.
Esporotricose
Há pessoas que deixam seus gatos circularem livremente pelas ruas, não controlando onde eles vão.
Esse é um comportamento de risco, já que, nas ruas, os gatos podem ser infectados pelo fungo Sporothrix sp, causador da perigosa esporotricose.
A doença tem como sintoma feridas que no começo são avermelhadas, evoluindo rapidamente para grandes lesões, como se o gato tivesse acabado de sair de uma briga.
Nesse caso, é preciso levar o animal urgentemente para consulta médica veterinária, já que essa é uma doença grave, além, é claro, de evitar qualquer contrato com o felino.
Doença da arranhadura do gato
Existem ainda as doenças que podem ser transmitidas por arranhões dos bichanos.
Uma delas é a doença da arranhadura do gato, causada pela bactéria Bartonella henselae.
O contágio acontece em razão da lesão causada pelo arranhão, que serve como porta de entrada para o microrganismo.
Uma vez na corrente sanguínea, ele se torna particularmente nocivo para pessoas com o sistema imunológico debilitado.
Cuidados para dormir com o gato na cama
A partir do que vimos, mesmo aparentemente saudáveis, os gatos podem transmitir doenças pelo contato, algumas mais, outras menos graves.
Confira a seguir que cuidados você pode tomar para evitar o contágio e garantir a saúde do seu companheiro peludo e a sua.
1. Cuide da higiene do bichano
Embora os gatos sejam bastante higiênicos com os seus banhos de língua, nada impede que eles também tomem banho, como se faz com os cães.
Aliás, alguns gatos podem até gostar desse hábito, que deve ser desenvolvido desde que eles são filhotes.
2. Mantenha as vacinas do gato em dia
Um cuidado indispensável para quem tem um animal de estimação é manter sempre as vacinas em dia.
Lembre-se que certas doenças transmitidas por gatos passam pelo arranhão, que nem sempre é um sinal de agressividade do felino.
3. Atenção à vermifugação
Tão importante quanto manter os gatos vacinados é cuidar para que eles não sejam infectados com parasitas.
Por isso, leve-o regularmente ao veterinário para que ele seja vacinado e vermifugado nos prazos determinados pelo especialista.
4. Redobre os cuidados se você tiver alergia
As pessoas alérgicas ao pelo dos gatos normalmente não podem conviver com os bichanos.
Se você for alérgico e, por algum motivo, tiver que pernoitar ou permanecer mais tempo em um lugar que tenha um felino por perto, cuide para manter distância segura, de modo a evitar crises.
5. Use purificadores de ar
Como medida extra de prevenção, você pode deixar um purificador de ar ligado no quarto enquanto dorme, garantindo assim um sono mais leve e um ar mais respirável.
Não deixe também de manter a porta aberta, já que o bichano pode querer sair no meio da noite.
Cama confortável para você e para o gato
Uma curiosidade: gato pode dormir na cama, e não é raro que durmam ao lado da cabeça do dono, por ser mais quentinha para eles e pelo menor risco de movimentos bruscos.
Nesse caso, você vai precisar também de um travesseiro que acomode bem sua cabeça e pescoço, além do seu bichano querido.

