A soneca da tarde, também chamada de cochilo, é um hábito presente em diversas culturas. Em alguns países, como a Espanha, ela até se transformou em tradição com a famosa “siesta”. No entanto, em um mundo cada vez mais acelerado, muitas pessoas se perguntam se descansar alguns minutos durante o dia é realmente saudável ou se pode comprometer o sono noturno.
A ciência do sono tem se dedicado a investigar esse tema, e os resultados mostram que a resposta não é simples. O impacto da soneca depende da duração, do horário e da qualidade do sono noturno habitual de cada pessoa. Em alguns casos, o cochilo pode ser um aliado, trazendo benefícios para o corpo e a mente. Em outros, pode atrapalhar a regularidade dos ritmos circadianos e prejudicar o descanso da noite.
O que a ciência diz sobre os cochilos
De acordo com a Sleep Foundation, cochilos curtos podem melhorar o estado de alerta, a memória e a capacidade de aprendizado. Estudos mostram que uma soneca de até 30 minutos tem efeito restaurador e não costuma atrapalhar o sono noturno. O problema surge quando a soneca é longa demais ou ocorre muito próximo da hora de dormir, o que pode dificultar o início do sono à noite.
O neurocientista Matthew Walker, professor da Universidade da Califórnia em Berkeley e autor do livro Por Que Dormimos, explica que os cochilos influenciam diretamente na “pressão do sono”. Essa pressão é a necessidade fisiológica de dormir que vai se acumulando ao longo do dia. Quando uma pessoa dorme à tarde por muito tempo, parte dessa pressão é aliviada, o que pode atrasar a sonolência natural da noite.
O cochilo e a memória
Pesquisas publicadas no Nature Neuroscience mostraram que cochilos curtos podem melhorar a consolidação da memória e até mesmo estimular a criatividade. Durante esses minutos de sono, o cérebro reforça conexões neuronais relacionadas ao aprendizado recente, funcionando como um “replay” de informações adquiridas.
O Instituto do Sono, em São Paulo, também destaca que cochilos podem ser úteis para quem tem jornadas de trabalho longas ou horários noturnos, ajudando a compensar déficits de sono. Porém, quando usados em excesso, tornam-se um fator de risco para a insônia.
Cochilo e saúde cardíaca
Além dos efeitos cognitivos, os cochilos também foram associados à saúde cardiovascular. Um estudo divulgado pela American Heart Association observou que sonecas regulares e moderadas podem reduzir a pressão arterial e diminuir o risco de eventos cardíacos. No entanto, quando a soneca é longa demais, especialmente acima de uma hora, há indícios de aumento da mortalidade em alguns grupos populacionais, provavelmente associados a doenças já existentes.
A influência da idade
A relação entre soneca e sono noturno também varia conforme a idade. Em crianças e adolescentes, cochilos fazem parte do desenvolvimento natural e são benéficos para a consolidação da memória e crescimento. Em adultos saudáveis, a necessidade de cochilar geralmente surge em dias de maior privação de sono. Já em idosos, o cochilo pode ser consequência de noites fragmentadas.
Pesquisadores da Mayo Clinic observam que idosos que cochilam frequentemente tendem a apresentar maior risco de distúrbios do sono e declínio cognitivo, justamente porque as sonecas podem estar relacionadas à dificuldade em manter o sono noturno.
Quando a soneca é benéfica

Para quem dorme bem à noite, cochilos curtos de até 30 minutos, feitos no início da tarde, geralmente trazem benefícios sem atrapalhar o sono noturno. Eles podem aumentar o estado de alerta, melhorar o humor e favorecer a produtividade.
Além disso, trabalhadores em turnos alternados e pessoas que enfrentam noites mal dormidas podem usar cochilos programados como uma estratégia de recuperação parcial.
Quando a soneca pode atrapalhar
O problema surge quando o cochilo se estende por mais de 60 minutos ou é feito muito próximo da hora de dormir. Nessas situações, a pressão do sono diminui e a pessoa encontra dificuldade para adormecer à noite, gerando um ciclo de insônia e maior dependência da soneca.
A Harvard Medical School reforça que cochilos longos podem até causar “inércia do sono”, aquela sensação de confusão e sonolência após acordar, em vez de descanso. Isso ocorre porque o corpo entra em sono profundo durante a soneca e não consegue completar o ciclo, resultando em fadiga.
A importância da superfície de sono
Independentemente de ser à noite ou durante o dia, a qualidade da superfície de sono é determinante para que o descanso cumpra seu papel restaurador. Cochilos feitos em locais inadequados, como sofás irregulares ou cadeiras, tendem a gerar desconforto físico e não oferecem os mesmos benefícios de um sono reparador em colchão adequado.
Pesquisas publicadas no Journal of Chiropractic Medicine confirmam que superfícies de sono que favorecem o alinhamento postural reduzem dores e microdespertares, tornando tanto o sono noturno quanto as sonecas mais eficientes.
A soneca da tarde pode ser amiga ou inimiga do sono noturno, dependendo de como é feita. Cochilos curtos e programados podem trazer benefícios para a memória, o humor e até a saúde cardiovascular. Mas sonecas longas, tardias ou usadas em excesso podem comprometer o sono noturno, gerar insônia e fragmentar os ciclos naturais do corpo.
Mais do que a duração do cochilo, o que realmente importa é a qualidade global do sono. O descanso deve ser contínuo, profundo e feito em uma superfície de qualidade. Afinal, o sono, seja noturno ou em forma de soneca, é um processo essencial que sustenta a saúde física, mental e emocional.
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